Reconheço. Fico logo ansioso. Ocorre sempre por volta do dia 25 ao comecinho do outro mês. É mais ou menos nesse período que não adianta esconder com chapéus ou bonés, os fios crescem vertiginosamente. A derradeira hora chegará...
A anunciação do momento fica a cargo dela que, vale ressaltar, é a mentora de toda a situação.
De início, são somente alguns avisos, do tipo: "Vamos lá meu filho ou o seu cabelo está horrível, pois tá muito grande."
Fujo. Peço ajuda aos anjos e santos. Como uma criança (e é assim que, às vezes, me sinto) faço birra: "Não vou e não quero ou por favor, adoro meu cabelo assim..."
Não tem jeito. Se não vai pela via da rispidez, ela então tenta pela via da chantagem, isto é, ela me compra, suborna, etc.
"Filho, querido, vamos cortar o cabelo..."
Bobo, idiota, burro e inocente cai na lábia e me entrego. Chegou o momento: o cheiro de acetona, as mulheres conversando, o rádio que toca a música de sucesso, enfim o o cenário estava completamente arquitetado.
É sempre assim. Eles nuncam acertam o modo de cortar meu cabelo. Teve até uma vez que deixaram um buraco, tive que raspar ao "estilo ronaldinho" pela cratera deixada.
Sento na cadeira que, para mim, parece mais uma cadeira elétrica. Colocam-me uma capa que de tanto enforcar, mais parece, uma corda para matar-nos na forca e que começe a desgraceira.
Os fios que, meses e meses, ficaram lá crescendo, desaparecem apenas com algumas tesouradas. Pobre bulbo capilar...
E assim eles juram de pé junto que ficou ótimo. "Veja meu filho, tá bem melhor agora, garanto que as garotas vão adorar."
Otário! Mané! Se gostas das tuas madeichas assim porque se enganas, entregando-se ao deleite dos cabeleleiros.
No próximo mês, a novela começa novamente.
A anunciação do momento fica a cargo dela que, vale ressaltar, é a mentora de toda a situação.
De início, são somente alguns avisos, do tipo: "Vamos lá meu filho ou o seu cabelo está horrível, pois tá muito grande."
Fujo. Peço ajuda aos anjos e santos. Como uma criança (e é assim que, às vezes, me sinto) faço birra: "Não vou e não quero ou por favor, adoro meu cabelo assim..."
Não tem jeito. Se não vai pela via da rispidez, ela então tenta pela via da chantagem, isto é, ela me compra, suborna, etc.
"Filho, querido, vamos cortar o cabelo..."
Bobo, idiota, burro e inocente cai na lábia e me entrego. Chegou o momento: o cheiro de acetona, as mulheres conversando, o rádio que toca a música de sucesso, enfim o o cenário estava completamente arquitetado.
É sempre assim. Eles nuncam acertam o modo de cortar meu cabelo. Teve até uma vez que deixaram um buraco, tive que raspar ao "estilo ronaldinho" pela cratera deixada.
Sento na cadeira que, para mim, parece mais uma cadeira elétrica. Colocam-me uma capa que de tanto enforcar, mais parece, uma corda para matar-nos na forca e que começe a desgraceira.
Os fios que, meses e meses, ficaram lá crescendo, desaparecem apenas com algumas tesouradas. Pobre bulbo capilar...
E assim eles juram de pé junto que ficou ótimo. "Veja meu filho, tá bem melhor agora, garanto que as garotas vão adorar."
Otário! Mané! Se gostas das tuas madeichas assim porque se enganas, entregando-se ao deleite dos cabeleleiros.
No próximo mês, a novela começa novamente.