sexta-feira, 25 de julho de 2008


Sem muito pra hablar
Apenas escuchar...

terça-feira, 22 de julho de 2008


É sempre a primeira vez
Sempre será
É sempre como se fosse sempre
Só sonhar
É sempre como mergulhar
Num turbilhão sem fim
É sempre toda luz do sol
Só pra mim
Ilumina o seu toque, ilumina
Incendeia, acende
O meu coração
Fogo eterno de magia
Ele cheio de juventude
É tão super
Quando a gente se libera
Pra viver,
viva amor
Lumina

Gonzaguinha - Lumina

Começaria tudo outra vez cavaleiro solitario?


Nada foi em vão? Será? Eu ando nas ruas e só consigo ver abismos. Abismos de homens e de mulheres. Será que a moça linda, cheirosa, de pernas entornadas não vê quão somos individuaizinhos? Ou será que sou eu, cavaleiro solitário que "atravessa a rua, que atravessa a vida" e que perdeu a coragem de viver, jogando assim a culpa de seu existencialismo bobo nas outras pessoas? Talvez sim, talvez não.
Talvez eu seja realmente um existencialista bobo. "Mas eu nunca vou ser o que os outros querem."(Gonzaguinha)

Do título...


Assumo. Não é meu. Vem das aulas com o Babi, ou melhor, é do Deleuze e do Foucault. Peguei emprestado...
Mas acho que posso tomá-lo. Afinal diz muito de mim. Mas sabe que eu chamaria também de "espectro". Quando discutíamos isso era mais ou menos que vinha na minha cabeça. Um espectro. No caso do espectro seria mesmo algo como uma luz resultante. Que indica algo mesmo.Ou que quer indicar algo. Traçar uma perspectiva e, nem de longe, concretizar uma verdade. Como um caleidoscópio. "Mostra tudo e, ao mesmo tempo, não mostra nada".


Emprestado? Não devolvo mais!


Urbe; cotidiano?

Vacaciones que tanto quero, mas que também me deixa com tédio. Invento alguns compromissos pra não morgar e aqui ficar, isto é, vagar pelos blogs e sites de relacionamentos da web. Outros que nem sabia, mas que tinha de estar lá... É assim quando se mora longe. Longe? Enfim...o fato é que uma bateria de exames vou fazer. Nossa! Negócio meio sanitarista não acham? "Bateria de exames!" Fui e creio que não vou voltar lá pra concluir...


Empurra a porta de vidro e senta discretamente, mas bem próximo à recepcionista a fim de que ela o notasse. Ele, de tão envergonhado, mal conseguia levantar para confirmar o horário de sua consulta.

Olha ao redor uma mulher gorda que mal cabia na pequena cadeira de escritório, lendo uma daquelas revistas já bem antigas e rasgadas, é bem típico de todo consultório: revistas de famosos que, de tão velhas, os famosos já são desconhecidos.

Levanta e timidamente pergunta:

- Mo-mo-moça... com licença, mas gostaria de saber se a minha consulta com o doutor Arnaldo é mesmo às três e meia?

A recepcionista, apressada como toda recepcionista, responde:

- Bom senhor. Três e meia, vai ser meio difícil, afinal já passam das quatro né? (Apontando para o relógio de parede) Nós tivemos um pequeno atraso porque o senhor Gadelha, o paciente das duas e meia chegou um pouquinho tarde e, o senhor sabe como é (risinhos falsos, como quem quer amenizar o problema) , quando um se atrasa, sobra pra todo o resto dos pacientes. Mas não se preocupe, o senhor será atendido logo logo.

Quando olhou pra trás a sua cadeira já havia sido ocupada por uma mulher, olhou as horas com uma cara de bobão. Que tipo de bobão? Aquele que não tem coragem de tomar nenhuma atitude. Atitude pra mudar sua rotina. Sair dela, quebra-lá, sei lá... o que eu sei é que era um bobalhão.

Então ele sentou-se no outro corredor, ao lado de uma velhinha. Desde então foi só papo, sempre procure um velhinho quando quiser papear pra passar o tempo, vide: filas de banco, ônibus e etc.

Entretanto ele, aflito como estava e tímido como era, não falava nadicas de nada. Apenas contava os minutos pra entrar no consultório. Ali já era exposição demais para um dia. Somente dava sorrisinhos, parecidos com os da recepcionista e interjeições como do tipo: “an”, “o que?” e “não entendi senhora!”. A vovó até esqueceu-se da hora de sua consulta e quando chegou à hora dele ser atendido, ela agradeceu diversas vezes:

- Vá com Deus meu filho! Estimo melhoras e muito obrigado pela conversa.

Ele, entrando no consultório, respondeu rapidamente:

- Obrigado senhora, fique também a senhora com Deus!

Depois dessa, ele ainda tinha duas consultas marcadas com o doutor Arnaldo, mas não foi a nenhuma delas. As recepcionistas ligavam para sua casa e nada. Tentaram contactar o homem até com o seu plano de saúde, mas não tiveram respostas. Nem rastro do bobalhão. Bobalhão...